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Ninguém destrói um casamento sem fazer um estrago em toda família

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“Meu casamento acabou!” É a frase que eu já escutei por várias vezes em meus atendimentos pastorais. A palavra acabou, é uma palavra que eu não consigo concordar nesta frase. Acabou como se o casamento fosse projetado com prazo de validade acabar ou para acabar inevitavelmente como tudo na vida.

 

Analise comigo a frase que do título deste artigo pastoral - Ninguém destrói um casamento sem fazer um estrago em toda família – Agora volte seus olhos para a palavra “destruir”, pois é exatamente que se faz a um casamento. Casamento não se acaba, casamento é destruído. É como se o pegasse e levasse-o a um campo de guerra e atirasse contra ele com todas as armas de grande poder de destruição. Ainda que ele resista, por que é forte, não será por muito tempo, pois o poder de fogo do inimigo é duradouro.

Casamento foi projetado na mente brilhante e maravilhosa do nosso Deus. Ele não foi criado para amordaçar o homem e a mulher, ou tirar deles o prazer em viver. Pelo contrário, o casamento foi criado por Deus para ser benção e alegria na vida do homem e da mulher e para que estes pudessem ser felizes. O problema do casamento não é a instituição em si, e sim o homem que não quer entender que assim como tudo na vida, que é perecível, precisa de manutenção, assim também o casamento necessita de combustível para viver. Eis alguns deles:

Compreensão – É razoável que a compreensão seja uma mantenedora de qualquer casamento, pois sem ela como a relação de duas pessoas de culturas e hábitos tão diferentes poderá viver? No namoro estas diferenças não eram tão perceptíveis por que não havia a convivência debaixo do mesmo teto, por isso compreender o outro como um indivíduo e não como uma extensão da sua própria personalidade é muito importante. Ele (ela), não tem que ser o que você quer o que você projetou como pessoa ideal para sua vida, você tinha que ter visto isto no tempo do namoro, não agora.

Dialogo – Esta é a grande capacidade que nos diferencia dos animais, o poder de dialogar, conversar, com vários objetivos:

Ø Terapêutico – casal que não tem o que conversar não está construindo um lar saudável. A conversa “desintoxica” a alma, torna-nos mais leves e mais confiantes em relação a quem amamos. É terapêutico demais e evita conflitos futuros.

Ø Solucionar Problemas – Metade, se não mais, de nossos problemas podem ser resolvidos com um bom diálogo. Por exemplo, com um bom diálogo, você pode dizer a ele (ela) o que lhe incomoda na relação de vocês. Com respeito e um pouco de sabedoria para saber o tempo em que se pode falar, tudo pode ser dito. Nunca acumule problemas resolva-os conversando. Existem conversas que não podem ser adiadas.

Ø Ser verdadeiro – Ninguém conhece ninguém sem dialogo. Quando conversamos nos expomos, nos revelamos. Há maridos que não conhecem suas esposas, pois nunca conversão e aí quando a relação sobre um revés nunca se sabe por que. Converse, converse, converse mais, se mostre, se revele. Isto será saúde para o seu casamento.

Respeito – Desde pequeno que eu ouço que quando se perde o respeito se perdeu tudo. Infelizmente, esta é uma grande verdade. Respeito em um casamento é a capacidade que o casal tem de amar apesar das diferenças. É quando ser igual se torna desnecessário, pois as diferenças, desde que não agressivas, passam a serem celebradas como um complemento dos dois. Respeito se ver, quando o gosto do outro não é o meu, mas nem por isso permito que isso atrapalhe nossa relação. Quando cedo por entender que nem sempre os meus gostos precisam prevalecer. Quando me dou mesmo sem querer – por que se dá só quando se quer é egoísmo – para satisfazer quem eu amo (desde que isto não me agrida como pessoa). Respeito é quando, apesar do tempo de convivência, não se perde a capacidade de dizer as coisas mais simples da vida como: obrigado, por favor, me de licença, desculpa, você primeiro, eu te amo, como foi seu dia?

Cumplicidade – Como é lindo quando um casal se torna cúmplice um do outro. Não há segredos, mistérios a serem revelados (não que seja necessário se dizer tudo para o outro para serem cúmplices, pois aquilo que já foi resolvido, resolvido estar), tudo é transparente. O que quero, o que fantasio, o que sonho, tudo claro, nítido, sem rodeio, pois se conhecem numa simples troca de olhar, tamanha a cumplicidade. O combustível da cumplicidade é a privacidade. Casamento é área privativa, ninguém tem o direito de interferir, a não ser se convidado pelo casal, ou por um dos cônjuges, para dirimir conflitos. Por isso não permita que ninguém interfira na cumplicidade de vocês.

Carinho – A doçura da relação revela a qualidade dela. O Mestre dos mestres Jesus Cristo disse, que o que queremos que os outros nos faça devemos nós fazer. Você só recebe o que aprendeu a dar. Há frases tão antigas, mas que nunca ficarão velhas – O amor é como uma plantinha que precisa ser regada todos os dias – e qual é a água que rega o amor? Carinho é a resposta. Hábitos simples como dizer palavras doces, expressar-se com gestos amorosos. Se ele (ela) não faz, faça você, comece por você. E se você já fez, e não houve retribuição, não desista de continuar fazendo.

Casar é simples, continuar casado não é tão fácil, pois exige renúncia e disposição em querer estar junto. Chame o Senhor para o seu casamento, convide-o em oração, chame seu cônjuge para isso e nunca desista, pois Jesus Cristo ainda tem poder para transforma a água que se tornou seu casamento em um delicioso vinho. Faça tudo o que estiver ao seu alcance, pois o fim de uma relação trará mais tristeza e destruição do que se possa imaginar. É mais fácil tentar recuperá-lo do que as conseqüências do seu fim.

Seu pastor e amigo,

Otoni de Paula Jr

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