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Percepção dos sentidos e noção de espaço ficam alteradas quando ouvimos o fone
Nas ruas, nos escritórios, na academia, no trânsito e até nas salas de aula, sempre tem alguém usando fones de ouvido com o volume lá em cima. Apesar de entreter e, embora tornem as atividades diárias mais agradáveis, bloquear a audição de som ambiente com outros sons altera toda a nossa noção de tempo e espaço e prejudica a concentração. "Escutamos com o cérebro e não com o ouvido.
Os efeitos colaterais provocados pela vacina contra a gripe suína - causada pelo vírus Influenza A (H1N1) - e as informações não oficiais que circulam pela internet têm feito muita gente não aderir à campanha de imunização contra a doença, na opinião de especialistas em Saúde pública.
Infectologistas dizem que é preciso intensificar a divulgação para conscientizar a população sobre a importância da vacina.
"Não é uma simples vacinação, mas a prevenção de uma gripe que causou um surto em milhares de pessoas no mundo. Se há óbitos de crianças, gestantes e doentes crônicos, temos uma boa razão para buscar proteção", diz o professor titular de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC, Helio Vasconcellos Lopes.
O médico salienta que a vacina tem boa qualidade na produção e que, como qualquer outra, pode causar efeitos colaterais como febre, moleza no corpo e sintomas de uma gripe sazonal. "Os benefícios são milhares de vezes superiores aos riscos."
A vacina contra o Influenza A (H1N1) é feita com o vírus da doença inativo e fracionado. Este pode ser um dos motivos que levam as pessoas a desconfiar. O responsável pelo Centro de Imunização do Hospital Albert Einstein, Alfredo Elias Gilio, explica que a população não deve se preocupar, pois o vírus utilizado está completamente ‘morto''. "A vacina tem toda segurança necessária, afirma.
Gilio explica que a vacina contra a gripe suína que está chegando à rede particular e custa cerca de R$ 80, tem ação trivalente, pois além de prevenir contra o Influenza A (H1N1) ela também imuniza contra o Influenza A (H3N2) e B.
Ana Maria de Paula Nunes, da Associação Paulista de Homeopatia, também é favorável a vacinação. "Já tomei e mandei meus filhos tomarem. Tive pacientes com a gripe suína. Um deles tomou Tamiflu e vomitou muito, sem aceitação, evoluiu bem só com homeopatia. Já outros dois tiveram que tomar antibiótico", explica a homeopata.
Médicos dizem que há falhas na comunicação da campanha
Os médicos afirmam que há falhas na comunicação da campanha de vacinação contra o vírus A (H1N1). Isso faz com que haja confusão na questão de prioridade na vacinação. "Quando analisamos os acometidos pela pandemia do ano passado, percebemos a coerência do Ministério da Saúde em priorizar as crianças de 6 meses a 2 anos, gestantes e doentes crônicos, pois foram os mais atingidos. Já que na rede pública não há ainda a condições de imunizar 100% da população, então é importante haver prioridades para garantir que as outras pessoas não contraiam o vírus", frisou Alfredo Elias Gilio, do Hospital Albert Einstein.
"Nesse momento são milhões de pessoas que devem ser vacinadas. Devemos tirar o olhar individual de se questionar por quê o filho não está na faixa para tomar a vacina e pensar de maneira coletiva", afirmou o delegado superintendente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) Regional Santo André, Airton Gomes.
Além dos prejuízos causados pelas enchentes, o grande volume de chuvas que atinge o Paraná facilita a proliferação do Aedes aegypt, transmissor da dengue. O tempo alternado entre sol e chuva é ideal para que o mosquito se reproduza e, na maioria das vezes, dentro das residências. Outrsa preocupação no período, especialmente nas áreas afetadas pelos alagamentos, é a leptospirose.
O secretário de Saúde, Carlos Moreira Júnior, lembra que “mais de 90% dos criadouros do mosquito estão dentro da casa das pessoas e por isso o combate à dengue deve começar nas residências”. De acordo com ele, a dengue necessita de mobilização popular, uma vez que só é possível acabar com a doença impedindo a reprodução do mosquito.
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou ontem os novos números da dengue no Paraná. Até o dia 22 de abril foram notificados 28.218 casos suspeitos da doença. Deste total, 7.936 foram confirmados, sendo que 7.528 são autóctones, ou seja, a transmissão ocorreu dentro do Estado. Os outros 408 são importados, o que significa que a doença foi contraída fora do Paraná, mas o diagnostico foi realizado no Estado.
Das 22 Regionais de Saúde presentes no Paraná, 13 apresentam casos autóctones em 123 municípios. Os que mais registraram casos da doença são: Foz do Iguaçu com 1.264, Maringá com 851 e Medianeira com 833.
O informe da Secretaria ainda traz o levantamento sobre os casos graves da doença. Ao todo foram 41 ocorrências, sendo 27 dengue com complicação e 14 casos de febre hemorrágica da dengue. Seis pacientes tiveram o quadro clínico complicado e morreram.
Leptospira — Com o grande volume de chuvas que atingiu o Paraná desde quinta-feira, a população e os serviços de saúde devem ficar em alerta para casos de leptospirose. A doença, causada por uma bactéria, do gênero Leptospira, está presente na urina de ratos e ratazanas. Sobretudo nas enchentes, ela se mistura à água de valetas, lama, lagoas e cavas.
“A bactéria penetra no corpo por pequenos ferimentos na pele, ou pela pele que esteve muito tempo em contato com a água. Com alguns cuidados e prestando atenção em pequenas ações preventivas é possível evitar grandes transtornos”, explica a chefe da Divisão de Zoonoses, da Secretaria da Saúde, Gisélia Rubio.
Neste ano, já foram registrados 55 casos no Estado, 12 deles fatais. No ano passado, foram contabilizados 192 casos da doença, com 22 mortes. “Embora a doença seja grave, é possível obter a cura, desde que o diagnóstico seja precoce. Os pacientes devem procurar um serviço de saúde tão logo os primeiros sintomas apareçam”, completa Gisélia.
Os sintomas da doença podem demorar até 14 dias após o contato com água ou lama contaminada para aparecer. Portanto, é preciso ficar atento mesmo ao final do período das chuvas. Os principais sintomas são febre alta, mal-estar, dores de cabeça constantes e intensas, dores pelo corpo, principalmente na panturrilha (barriga da perna), cansaço e calafrios. Também são verificados constantemente dores abdominais, náuseas, vômitos, diarréia e desidratação. É comum que os olhos fiquem amarelados ou alaranjados.